Jair Bolsonaro, eleito presidente da república em 2018, com apoio dos setores mais conservadores do país, como os banqueiros e grandes empresários, o Alto Comando das Forças Armadas, latifundiários, pecuaristas e seitas neoevangélicas, tem promovido diversas ações contra a democracia, os direitos dos trabalhadores, dos povos indígenas, da população negra e da comunidade LGBT, além de promover a destruição da Floresta Amazônica e outras regiões ambientais. No campo da saúde pública, adota uma postura negacionista, que em muito prejudicou a vacinação da população contra o Covid-19, o que resultou em mais de 600 mil mortes até agora. No último dia da Independência, comemorado em 7 de setembro, ele tentou realizar um autogolpe que lhe daria poderes de ditador, inclusive proferindo ameaças de fechar o Supremo Tribunal Federal e agir fora da Constituição. A ameaça golpista não se concretizou porque ele não teve o apoio necessário para isso, mesmo entre os setores responsáveis pelo golpe de estado de 2016 e pela prisão do líder de esquerda Luís Inácio Lula da Silva, como é o caso da grande imprensa, da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) e da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), que emitiram notas em defesa da democracia – que eles próprios contribuíram para enfraquecer no país. Até mesmo entre o Alto Comando das Forças Armadas não houve o consenso necessário para o autogolpe de Bolsonaro, que moderou o seu discurso e passou a adotar outras táticas para permanecer no poder: comprar deputados e senadores no Congresso Nacional a um custo bilionário, usando para isso recursos públicos do chamado “orçamento secreto”, e aprovar medidas assistencialistas temporárias como o “Auxílio Brasil”, com a esperança de recuperar popularidade entre as camadas mais pobres da população. O suborno parlamentar conseguiu impedir a votação do impeachment do aspirante a Mussolini tupiniquim, mas o crescimento avassalador da fome e da miséria no país não foi reduzido pela distribuição de parcas esmolas aos pobres. A cada dia, o pequeno ditador tem mais reprovação do eleitorado e em todas as pesquisas de intenção de voto ele aparece em segundo lugar, com larga vantagem para Lula, o líder operário fundador do Partido dos Trabalhadores, que é o favorito até o momento e pode se eleger nas eleições de 2022, apesar da forte campanha que a imprensa burguesa certamente moverá contra ele, como sempre fez, desde que Lula surgiu no cenário político nacional, na década de 1970, como líder das grandes greves metalúrgicas no ABC paulista, que contribuíram para a queda da ditadura militar e o retorno da democracia ao Brasil. Hoje, Lula não é apenas o candidato da esquerda ou de um partido político, mas a figura simbólica que representa a defesa da soberania nacional, da democracia, dos direitos da classe trabalhadora, dos negros, índios, mulheres, quilombolas, homoafetivos, enfim, da grande maioria da população, excluída pela política racista, misógina, homofóbica e concentradora de renda adotada por Jair Bolsonaro. Já não se trata agora de uma questão ideológica ou partidária, mas da necessidade urgente de reconstrução do Brasil, que tanto sofreu e ainda sofre nos últimos cinco anos de neoliberalismo, desde o golpe de estado que derrubou a presidenta Dilma Rousseff, eleita com mais de 50 milhões de votos. É hora de fazermos do Brasil uma nação forte, próspera, soberana, para que voltemos a sentir orgulho de sermos brasileiros. Derrotar o fascismo é o nosso maior desafio. #ForaBolsonaro!
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